Professora Belinha
Por Junior de Feira
A criadora do Dia das Mães foi a americana Anna
Jarvis que iniciou uma campanha em 1905 para homenagear sua mãe já falecida. A
sua luta foi grande para tornar esse dia uma data especial nos Estados
Unidos,...“ enquanto ela fazia campanha enviando cartas a todos os
congressistas, governadores, celebridades e pessoas importantes para reservarem
um feriado para essa data, os políticos zombavam da situação dizendo que, se
oficializassem o Dia das Mães, teriam que instituir também o dia da sogra (
Mother in Law Day”, em inglês ). O fato é que em 1911, todos os estados
americanos reconheceram o feriado, e três anos depois houve a oficialização da
data que em todo segundo domingo de maio seria comemorado esse
dia em homenagens as mães. O mais impressionante é que além de Anna
Jarvis ter perdido a mãe, ela nunca conseguiu ser mãe, mas nada disso a
desanimou na luta para criação desse dia tão especial.
No Brasil, também, o Dia das
Mães é comemorado sempre no segundo domingo de maio (de acordo com decreto
assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas). É uma data especial, pois
as mães recebem presentes e lembranças de seus filhos. Já se tornou
uma tradição esta data comemorativa.
No Gonçalo...
Em 1961 eu saí do Gonçalo para ensinar em uma
escola na cidade de Frei Inocêncio em Minas Gerais, e de lá aprendi que no
segundo domingo do mês de maio as escolas de lá faziam uma linda homenagem às
mães. Quando retornei para o Gonçalo em 1962, resolvi fazer a primeira festa em
homenagem ao dia das Mães. Solicitei ao Sr. Bandeira que nos cedesse
o local, seu salão, vizinho a Igreja, e assim os alunos da Escola Paroquial de
Padre Alfredo poderia homenagear suas genitoras
Aos alunos pobrezinhos que não tinham recursos
para comprar o presente de suas mães, fizemos uma campanha para arrecadar o
dinheiro necessário. O pedido era feito através do serviço de alto falante da
praça, assim, fazendeiros, comerciantes e pessoas com mais condições
financeiras ajudavam. Com o dinheiro na mão, fui até Jacobina fazer as compras,
que naquela época parecia mais longe do que realmente é hoje, devido às
dificuldades de se viajar até lá.
Dia da festa de homenagem...
No salão de Bandeira montamos um palco, onde os
alunos cantavam canções rendendo graças e homenagens a suas mães, lembro-me que
as mães choravam muito, emocionadas com as homenagens inéditas. Seus filhos as
esperavam em cima do palco com seu presentinho ( eu sabia o que cada uma iria
gostar de receber ). O locutor chamava a mãe que subia ao palco e recebia o
carinho e o presentinho das mãos de seu filhinho.
Fizemos essa simples e singela homenagem às
mães nos anos seguintes...
Hoje, passadas várias décadas, sou capaz de
lembrar o semblante, o sorriso e as lágrimas de cada mãe daquele lugar.